Tal como a Maria, fugirei com o dito à seringa e não apresentarei uma lista ou uma banda sonora de eleição. Mas é verdade que há temas dos quais basta ouvir os primeiros acordes para quase inconscientemente os identificarmos com determinado filme. E ainda há outros que, qual madalena proustiana, nos transportam imediatamente para aquela sala de cinema ou para a tal noite no sofá lá da sala.
Este tem a estranha capacidade de me activar os canais lacrimais.
E neste momento estão o K. e a Maria a chamar-me de piegas para baixo.
O que querem?! É um palhaço triste e uma bailarina suicida! Isso mexe com as emoções regadas a gin de qualquer artista! Além disso, Luzes da Ribalta é um dos meus Chaplins de eleição.
E não saindo do circo (não, não vou falar do governo!), ou pelo menos das profissões circenses, continuo a gastar Kleenex.
Talvez um dos mais belos filmes dos últimos anos.
"A magia não existe" - há linha final mais brilhantemente triste?
Sally Bowles (versão melancólica)