Os Óscares. Outra vez. A academia tem uma especial preferência por personagens britânicas. Isabel II, o seu pai e, agora, Maggie. Não quero ferir sensibilidades e muito menos negar talentos. Porém, tudo se pode resumir a uma ideia: encarnações para sopeiras. O Discurso do Rei é isso mesmo: um filme para sopeiras. E a Dama de Ferro, a julgar pelos trailers, também é para sopeiras, às quais se juntam, eventualmente, as velhas que pertenceram ao movimento nacional feminino. Certamente que estas senhoras vão gostar imenso do filme Maggie Mamma Mia. Afinal, como diz a publicidade, trata-se da história de uma grande mulher que fez tudo pelo seu país. Vivemos tempos mesmo muito ordinários. De resto, fiquei contente por Allen e gostei muito de ouvir Michel Hazanavicius:“I want to thank Billy Wilder, I want to thank Billy Wilder and I want to thank Billy Wilder." É fácil, mas pareceu-me sentido. Billy Crystal foi engraçado q.b. e a cerimónia no seu todo - uma vez mais - foi menos que morna.
K. Douglas