quinta-feira, 9 de maio de 2013

Lawrence


Para assinalar a estreia em Portugal (com bastantes meses de atraso em relação a Inglaterra) da cópia restaurada de Lawrence of Arabia, resolvi escrever este post. Lawrence é um dos meus filmes preferidos de todos os tempos. Nem quero saber se tem quase quatro horas de duração, já o devo ter visto cerca de 20 vezes. Faço aqui, assim, uma ligação entre o filme e um dos temas que ocupou alguns posts há uns meses atrás – as bandas-sonoras. Entre as minhas bandas-sonoras tem de estar presente esta composição de Maurice Jarre. Quando a ouço, as imagens do filme vêm-me à memória de forma automática: Aqaba, a entrada em cena de Ali como uma miragem no deserto, O’Toole todo vestido de branco a comandar os exércitos árabes (uma das imagens mais belas da história do cinema). Suponho que este seja um critério para se escolher as bandas-sonoras mais marcantes a um nível pessoal, a ligação emocional que se tem ao filme em si. Lembro-me de Steven Spielberg contar como, depois de ter visto Lawrence no cinema pela primeira vez, foi imediatamente comprar o disco para poder reviver o filme vezes sem conta. É um pouco isso que eu também sinto.
Se têm a possibilidade de ir ver o filme, façam-no por favor. A experiência de ver aquelas imagens no grande ecrã – assim como Peter O’Toole numa das maiores interpretações de todos os tempos – é imperdível.


Maria Braun