quarta-feira, 21 de julho de 2010

She’s alone in the new pollution

Há uns meses atrás a Sally tentou iniciar uma discussão sobre a música dos nossos anos de escola. Como na altura não participei, resolvi agora (será tarde demais?) juntar-me ao debate. Tal como a Sally, não tenho memórias negativas desses anos, muito pelo contrário. Tenho a noção de ter tido sorte por ter estudado, da primária ao fim do secundário, numa escola relativamente pequena, onde praticamente todos se conheciam e onde tínhamos os mesmos professores ano após ano e as turmas se mantinham inalteradas, numa continuidade maioritariamente positiva. Claro que havia as missas de Natal e de Páscoa na capela da escola, mas cedo percebi que podia facilmente escapar a esse tédio. Para ser sincera, sinto alguma nostalgia.
A música era algo essencial nessa altura, uma obsessão quase tão intensa quanto a literatura e o cinema. Lembro-me das idas à Bertrand para comprar revistas de música britânicas, algumas das quais ainda estão lá por casa. Um dos momentos mais relevantes foi para aí aos 12, a primeira vez que ouvi Parklife. Ou quando vi Beck pela primeira vez no Coliseu, lá para os idos de 98. Se olhar para os meus CDs e cassettes (sim, eu disse cassettes) da altura, encontro, para além dos já mencionados Blur e Beck, gente como Pulp, Pavement, Super Furry Animals, Suede, Nick Cave, Belle and Sebastian, Radiohead, Divine Comedy, Manics, Jeff Buckley, Mercury Rev e tantos mais. A britpop era uma paixão, desde os melhores até aos mais trashy – e acho que sabia diferenciá-los –, de Bluetones, passando por Supergrass até aos Sleeper (e ainda alguém se lembra dos terríveis Menswear?). Há canções que me transportam automaticamente para essa altura, como Girl From Mars dos Ash ou Connection dos Elastica.
Ainda há dias tive um momento nostálgico quando passaram na rádio uma canção que não ouvia há anos, Lump dos Presidents of the USA, porque há canções que são hoje e sempre parte de um momento no tempo, mesmo que, como nesse caso e noutros, sejam apenas canções que ouvíamos na rádio e que nunca chegámos a adquirir.
Aqui ficam cinco exemplos (mais ou menos aleatórios) da música dos 90s que fazem parte da minha banda sonora do liceu. Excluo os Blur e os Pulp porque já coloquei vários vídeos deles aqui no blog.

Bluetones, Slight Return


Ash, Girl From Mars


Supergrass, Alright


Beck, The New Pollution


Manic Street Preachers, A Design for Life




Maria Braun

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Blog vs.Quotidiano

Depois de uma longa ausência – vida real e tal – quis associar o meu regresso ao de Mad Men. Para além das múltiplas nomeações para os Emmy, anunciadas no início de Julho, este mês traz-nos a muito esperada quarta temporada (e as Barbies). Enquanto contamos os dias que faltam para a estreia (para quem segue a série em ritmo americano, claro), aqui fica um dos vídeos promocionais da nova série. Próximo Domingo!





Maria Braun

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Arri-ba-ba??

Frankly, my dear, I don't give a damn. Respondo assim à Sally. A bola é uma das coisas que menos me preocupa neste mundo. Já foi diferente: no mundial dos Estados Unidos, há 16 anos (!!) atrás, ficava acordado para ver os jogos. Vibrava com a Bulgária (não sei porque carga de água... mentira, naquele altura o Sporting tinha uns jogadores búlgaros decentes e havia um jogador, cujo nome já não me lembro, que marcava livres com um eficácia fulminante) e a minha memória guarda aquele jogo incrível entre a Roménia e a Argentina, se não estou enganado em tudo isto. Quando uma pessoa tem que esperar até ao dia 14 de Maio de 2000 para ver o seu clube para ser campeão - sem saber quando esse dia chegaria, alguma coisa se perde. A verdade é que não quero saber. Apesar disso tudo, o princípio do Verão de 2004 foi qualquer coisa de espantoso. As pessoas estavam doidas. Lisboa estava cheia de gente. O grande cartaz nas Amoreiras mudava jogo após jogo, vitória após vitória de Portugal. Admita-se, apesar da minha natural indiferença, Scolari mexia comigo...

K. Douglas.