quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A Febre das Listas contra-ataca...

Camaradas blogueiros,

Contra o marasmo em que o nosso blogue caiu, contra a preguiça típica da época, contra o enfardar bolo-rei como se não houvesse amanhã, deixo aqui uma proposta. Estamos nos últimos dias de 2010 e é altura de balanços, listas, melhores e piores do ano. Deixemo-nos contaminar por esta febre.
Proponho uma lista dos 5 filmes do ano.
Eis as minhas escolhas:
  1. O Laço Branco, de Michael Haneke
  2. Líbano, de Samuel Maoz
  3. Um Homem Singular, de Tom Ford
  4. Lola, de Brillante Mendoza
  5. O Escritor Fantasma, de Roman Polanski

O mundo espera pelas vossas listas

Sally Bowles

sábado, 25 de dezembro de 2010

Winter Wonderland 2010

Feliz Natal! Já que todos os anos chamo Winter Wonderland ao post de Natal, porque não colocar, desta vez, essa mesma canção?


Bing Crosby, Winter Wonderland


Maria Braun

sábado, 18 de dezembro de 2010

Nem carne, nem peixe

É conhecida a aptidão dos escritores portugueses para o sexo foleiro. Digo-o literariamente (não literalmente, atenção!). Penso não ser um caso identitário, ao contrário da mini (e não vou voltar a falar dela, juro). Afinal, até nem é em Portugal que são atribuídos os Bad Sex Awards. Mas há algo que é muito nosso. Falo das já correntes analogias entre dois conceitos cuja relação não é evidente à primeira vista: sexo e peixe. Faço agora uma pequena pausa para pensarmos sobre o assunto. Cá vai parágrafo.
Ora bem, todos conhecemos exemplos, não é verdade? Lembro-me de, há já algum tempo, neste preciso local, ter citado um. Não vou continuar a bater no ceguinho. Procurem, se quiserem.
Não sei se será da nossa tradição pesqueira, ou por Portugal ser o tal "jardim à beira-mar plantado", ou por outros clichés do género. Em minha opinião, não é a melhor das metáforas. Não consigo descortinar a dimensão sensual do peixe. Pensando bem, a carne, essa sim, tem um je ne sais quoi. É bíblico, meus amigos! Fala-se dos prazeres da carne, não dos prazeres do peixe (salvo, se nos estivermos a referir a uma caldeirada bem apurada).
E o meu homem do talho bem o sabe. Ele que, por detrás de um suculento lombo e com um sorriso cheio de segundas, terceiras, quartas intenções, ou se calhar até mais, lança maliciosamente o seu melhor slogan: "Oh freguesa, olhe que a minha carninha é que é boa!". Extraordinária a quantidade e originalidade de novos significados que ele consegue atribuir a substantivos tão simples quanto "perú" ou "bife". "Olhe, podia dar-me um quilo de febras?". Resposta: "Com que então, umas febrinhas?!". Não será preciso dizer que nunca ousei comprar-lhe salsichas.
Quem faz analogias sexuais com peixe definitivamente não conhece o meu homem do talho. E é uma pena!
Sally Bowles

domingo, 5 de dezembro de 2010

"Oh, Maria! See only me!"

Eu tinha uma certa ideia de que não gostavas do filme, Maria. Não me parecia ser o teu cup of tea. Ainda assim pergunto: é um mau Cukor? 1964 é o ano do Strangelove? Acho que nunca vi o The Sound of Music. Tenho uma ideia de uma canção ou outra, mas não me lembro de nada. Sim, lembro-me da Julie Andrews pelos campos, mas pouco mais. Quanto ao pequeno excerto do Cukor de 1954, devo dizer que gostei muito. Achei mesmo muito bom. Ah, claro que sigo as tuas recomendações.

K. Douglas

sábado, 4 de dezembro de 2010

Para o K

A Star is Born porque vale a pena. Embora a minha opinião seja suspeita porque, enfim, James Mason é sempre James Mason. Já agora, se és fã de Astaire, não podes deixar de ver The Band Wagon. Claro que podes ignorar todas as minhas sugestões porque temos opiniões bem diferentes acerca de My Fair Lady. Detesto esse filme - quase tanto quanto detesto The Sound of Music.
Fica com um bocadinho de Judy em A Star is Born.








Maria Braun

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ninguém é perfeito


Jack Lemmon, Shirley MacLaine, Fred MacMurray - The Apartment, Billy Wilder, 1960

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Bem, fizemos três anos. Ainda cá estamos no fim do Verão. Parabéns! Sim, Singin' in the Rain é um filme extraordinário. Não, penso que não será Gene Kelly. É despropositado, mas i'm a Fred Astaire guy. O que me passa pela cabeça é que Singin' in the Rain é um filme perfeito como Casablanca é um filme perfeito. Não tenho nada contra musicais; gostei dos poucos que vi. Não sou, de longe, um Judy Garland expert, ainda que tenha curiosidade em ver o A Star is Born. Como se sabe, gosto do My Fair Lady.

Os meus filmes terapêuticos são os de Billy Wilder, especialmente o Apartamento. Pode parecer estranho - o final do filme são dois desempregados a jogar às cartas na noite de ano novo -, mas é precisamente este travo romântico-amargo-cínico que me agrada muito. Se me derem um filme de Billy Wilder, eu sou um tipo contente. O último que vi foi A Foreign Affair e gostei muito. Canalhas, pessoas que se vendem, mentirosos, trocas de identidade, malícia, um humor único... enfim, i'm a Wilder guy.

K. Douglas