Para
assinalar a estreia em Portugal (com bastantes meses de atraso em relação a
Inglaterra) da cópia restaurada de Lawrence
of Arabia, resolvi escrever este post. Lawrence
é um dos meus filmes preferidos de todos os tempos. Nem quero saber se tem quase
quatro horas de duração, já o devo ter visto cerca de 20 vezes. Faço aqui, assim,
uma ligação entre o filme e um dos temas que ocupou alguns posts há uns meses
atrás – as bandas-sonoras. Entre as minhas bandas-sonoras tem de estar presente
esta composição de Maurice Jarre. Quando a ouço, as imagens do filme vêm-me à
memória de forma automática: Aqaba, a entrada em cena de Ali como uma miragem
no deserto, O’Toole todo vestido de branco a comandar os exércitos árabes (uma
das imagens mais belas da história do cinema). Suponho que este seja um
critério para se escolher as bandas-sonoras mais marcantes a um nível pessoal,
a ligação emocional que se tem ao filme em si. Lembro-me de Steven Spielberg
contar como, depois de ter visto Lawrence
no cinema pela primeira vez, foi imediatamente comprar o disco para poder
reviver o filme vezes sem conta. É um pouco isso que eu também sinto.
Se
têm a possibilidade de ir ver o filme, façam-no por favor. A experiência de ver
aquelas imagens no grande ecrã – assim como Peter O’Toole numa das maiores
interpretações de todos os tempos – é imperdível.
Maria Braun