Não ouvi coisas novas em 2012. Essencialmente ouvi os discos de bandas que venho acompanhando nos últimos anos. Assim, não tenho nada de especial para dizer e tomo nota de alguns desses discos.
O primeiro disco que ouvi de 2012 foi o Attack on Memory dos Cloud Nothings. No Future / No Past parecia marcar a tonalidade do ano e agora, que está a acabar, isso parece-me fazer algum sentido. A Primavera trouxe Bloom dos Beach House, que acho sobrevalorizado. Aqui fica Lazuli, o primeiro single do disco, se não estou enganado. Um dos discos pelo qual mais esperei foi o Heaven dos The Walkmen e cada minuto valeu a pena. Não é o melhor disco da banda, mas é um óptimo disco, cheio de grandes canções, e que tem a capacidade de ir mostrando o seu brilho ao longo do tempo. Deixo aqui The Witch, uma das minhas preferidas, e The Love You Love. Heaven é muito provavelmente o meu terceiro disco do ano. O primeiro é Clear Moon de Mount Eerie. Sempre introspectivo, Phil Elverum apresenta canções que dão vontade de fazer uma trouxa de roupa e partir para uma cabana na serra da Gardunha e ver naves espaciais. Como sempre, há qualquer coisa de Twin Peaks nos discos de Elverum, melhor, de Badalamenti. O Verão trouxe Gossamer, o novo dos Passion Pit. É um disco muito imediato, com põe uma pessoa a dançar enquanto Michael Angelakos canta as suas dores, mas que se pode gastar - como disco - ao fim de algum tempo. Ainda assim, sublinho as óptimas canções, como Take a Walk ou It's Not My Fault, I'm Happy. Os Grizzly Bear lançaram Shields, um disco sobre o qual a minha opinião não está fechada. No entanto, acho que Yet Again é talvez a canção do ano. Por fim, acabo com uma "velha". Em Setembro, saiu Sun, o último disco de Cat Power. Há coisas que não mudam. Manhattan é a prova disso.
K. Douglas