Definitivamente, sou uma umbertista (ecoísta, soa mal, não acham?). Seguiria Umberto Eco pelo Mar Vermelho adentro. Algures na Estrada de Damasco da minha adolescência, o Pêndulo de Foucault abateu-se sobre a minha cabeça e ali, meus amigos, eu vi a luz. Desde então, tenho pregado o Umbergelho pelos quatro cantos da minha vã existência, por vezes sem sucesso, confesso. Mas, mesmo assim, consegui fazer alguns neófitos. O K. pode confirmar.
Porque gosto tanto de Umberto Eco? Atentem apenas neste excerto da entrevista que ele deu há um ano para a Paris Review.
"Entrevistador: Leu o Código Da Vinci?
Eco: Sim, também sou culpado por isso. [Antes, ele tinha confessado a sua obsessão por séries televisivas, em particular pelas policiais]
Entrevistador: Esse romance parece uma variação bizarra do Pêndulo de Foucault.
Eco: O autor, Dan Brown, é uma personagem do Pêndulo de Foucault! Eu inventei-o. Ele partilha as mesmas fascinações das personagens: o mundo das conspirações rosa-crucianas, maçónicas e jesuítas. O papel dos Cavaleiros do Templo. O segredo hermético. O princípio de que tudo está ligado. Eu suspeito que Dan Brown nunca deve ter existido."
Oh! Umberto Eco Superstar!
Sally Bowles