Blur, To The End
Esta semana, uma das notícias que têm monopolizado a atenção dos jornais britânicos é a do regresso dos Blur. Desculpem-me enquanto salto no sofá como um frenético Tom Cruise. A sério. É como se me tivessem tirado 10 anos de cima e me fizessem voltar a tempos melhores.
Naquela altura tinha um horror absoluto a tudo o que fosse etiquetado de “teenager” ou “comercial” ou, pior ainda, “para raparigas” – desde revistas que tentam provar que as jovens são idiotas até aos filmes românticos da época (Ugh! Titanic! Meg Ryan! Ugh!). Não só era uma irritante indie kid como era insuportavelmente pseudo-intelectual (nem sequer faltava o Sartre). Para minha sorte, uma das minhas amigas comprava esse género de revistas (lembram-se da Smash Hits?) e oferecia-me, meio às escondidas, as entrevistas e posters dos Blur, que eram religiosamente guardados na gaveta. Com a condição de todas as fotografias individuais do Alex James ficarem para ela, claro. Foi o mais próximo que estive da fanzice mais patética, algo que nunca foi o meu género – a outra excepção eram os Pulp. Mas, a verdade é que, uma década depois, continuo a ouvir regularmente aqueles álbuns. Continuam tão frescos e originais agora como na década de 90.
Escolhi este vídeo em particular porque é uma homenagem a um dos mais fascinantes filmes que já vi – filme também descoberto naquela altura – L’Année Dernière à Marienbad, de Alain Resnais. Para além, claro, de ser uma das faixas de um dos melhores discos dos anos 90.
Naquela altura tinha um horror absoluto a tudo o que fosse etiquetado de “teenager” ou “comercial” ou, pior ainda, “para raparigas” – desde revistas que tentam provar que as jovens são idiotas até aos filmes românticos da época (Ugh! Titanic! Meg Ryan! Ugh!). Não só era uma irritante indie kid como era insuportavelmente pseudo-intelectual (nem sequer faltava o Sartre). Para minha sorte, uma das minhas amigas comprava esse género de revistas (lembram-se da Smash Hits?) e oferecia-me, meio às escondidas, as entrevistas e posters dos Blur, que eram religiosamente guardados na gaveta. Com a condição de todas as fotografias individuais do Alex James ficarem para ela, claro. Foi o mais próximo que estive da fanzice mais patética, algo que nunca foi o meu género – a outra excepção eram os Pulp. Mas, a verdade é que, uma década depois, continuo a ouvir regularmente aqueles álbuns. Continuam tão frescos e originais agora como na década de 90.
Escolhi este vídeo em particular porque é uma homenagem a um dos mais fascinantes filmes que já vi – filme também descoberto naquela altura – L’Année Dernière à Marienbad, de Alain Resnais. Para além, claro, de ser uma das faixas de um dos melhores discos dos anos 90.
Maria Braun