A interjeição é pascal mas não posso deixar de expressar o meu júbilo por ver que, tantos meses passados, o trio mais insólito da blogosfera voltou à carga. E estamos em tempo de listas (ou ainda vamos a tempo delas...), não é? Então, se a Maria falou de filmes, o K. de discos, a mim, a corista da equipa, restam-me os livros.
Se o K. andou a ouvir discos de 2010, as minhas leituras foram ainda mais recuadas. Então, deixo aqui uma muito breve lista do
best of da minha mesa de cabeceira durante o ano transacto. Sem ordem e nas edições que constam da estante aqui do camarim:
- Guy de Maupassant,
Contos do Insólito, Lisboa, Guimarães Editores, 2004.
Perturbante. Bom para noites frias, acompanhado de um chocolate quente ou de um Irish Coffee, para os mais afoitos.
- Flannery O'Connor,
O céu é dos violentos, Lisboa, Cavalo de Ferro, 2006.
Porque é sempre bom regressar ao sul.
- Jonathan Frazen,
Correcções, Lisboa, Dom Quixote, 2010.
E de um momento para o outro, somos transportados para o meio de uma sala de jantar ou para a cabine de um navio de cruzeiro, rodeados de personagens estranhamente familiares.
- Hélia Correia,
Adoecer, Lisboa, Relógio d'Água, 2010.
Amor e morte numa autêntica obra de filigrana narrativa.
- Milan Kundera,
Um encontro, Lisboa, Dom Quixote, 2010.
Ensaios. De Francis Bacon a Dostoievsky, do cinema às artes plásticas. "É ao reler
Cem anos de solidão que me ocorre uma ideia estranha: os protagonistas dos grandes romances não têm filhos.". Reflictamos sobre o assunto...
Sally Bowles