Em primeiro lugar, Sally, aqui está um vídeo para ti e para o dia de hoje. Gosto muito desta canção e acho o vídeo muito bom. No que toca ao liceu, estamos longe um do outro. A escola secundária não é um espaço que se preste a saudades. No entanto, a música safa esses anos, nomeadamente os 16, 17 anos. Por essa altura, tive a sorte de me darem a conhecer algumas coisas de que gostei bastante e que, enfim, “definiram” o que ouço até hoje. Houve um Natal em que recebi o unplugged dos Nirvana e ouvi o Grace do Jeff Buckley. Mas foi nas férias de Verão do 11º ano para o 12ª ano que me gravaram duas k7s (deixem-me escrever assim) de 90 minutos que são das melhores coisas da minha adolescência. A primeira tinha no lado A Elliott Smith – XO e no lado B Belle and Sebastian – If you’re feeling sinister (quase que poderia dizer que fui das primeiras pessoas em Portugal a ouvir os Belle and Sebastian). A segunda tinha Mercury Rev – Deserter’s Songs e algumas canções de Sketches from my sweetheart the drunk de Buckley. Claro, falta referir os Tindersticks. O disco que recebi no dia em que fiz 18 anos foi o Bryter Layter do Nick Drake – How cool is that? Can you beat it? Ah! Falta referir uma compilação que me fizeram que tinha coisas como Red House Painters, Radiohead, Neutral Milk Hotel, Blur, Yo la Tengo, Low, Joy Division, etc. Enfim, não podia ter sido melhor.
K. Douglas